Canos estouram em prédio do DF, e síndico culpa nova captação da Caesb

Sistema que transfere água do Lago Paranoá até Plano Piloto foi inaugurado nesta 2ª. Moradores estimam prejuízo de R$ 6 mil; Caesb diz que obra não tem relação com o dano.

No primeiro dia de funcionamento de um novo sistema da Caesb para bombear água da estação emergencial do Lago Paranoá até a estação de tratamento do Plano Piloto, moradores do Noroeste, no Distrito Federal, já registraram um dano supostamente relacionado ao novo equipamento. A Caesb diz que a correlação feita é "absurda".

Na manhã desta segunda-feira (15), a tubulação da garagem de um prédio na região se rompeu e um intenso volume de água ficou jorrando por quase seis horas. O síndico do edifício localizado na SQNW 110 acredita que "os canos não suportaram a pressão da água depois das mudanças na distribuição".

"O sistema aumentou a pressão da água, que normalmente é muito baixa aqui no Noroeste."

O novo "booster" da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) custou R$ 1,49 milhão, e a verba veio da tarifa de contingência. O órgão informou à TV Globo que enviou uma equipe ao local, e detectou que não há relação entre a obra recém-inaugurada e o problema registrado no prédio

Canos rompidos em garagem de prédio no Noroeste (Foto: TV Globo/Reprodução)


Já ao G1, o síndico Heverton Ferreira confirmou que a equipe da Caesb foi, sim, até o local, mas os técnicos teriam dito que não fariam reparos. "Disseram apenas que iriam avaliar a pressão da água", conta. Como o conserto não foi feito, os moradores tiveram que contratar uma empresa particular.

De acordo com o morador, o engenheiro contratado constatou que o rompimento dos canos tem relação com o aumento de pressão na distribuição da água. Até às 20h, os 36 apartamentos do prédio continuavam sem o fornecimento de água da Caesb.

Uma caixa d'água adquirida para enfrentar o racionamento de água permite que os moradores não fiquem desabastecidos. Segundo Ferreira, entre reparo na tubulação e a mão de obra empregada foram gastos R$ 1,5 mil.

"Mas entre outros reparos e pintura, mais o consumo de água, a conta vai ficar em torno de R$ 6 mil."

Na prática, o novo "booster" da Caesb faz com que a água do lago – que era distribuída apenas para Lago Norte, Varjão, Paranoá e parte de Sobradinho – também vá para a Asa Sul, Asa Norte, Noroeste e Sudoeste.

De acordo com a companhia, com isso, a intenção é poupar ainda mais o reservatório do Descoberto. A barragem terminou esta segunda (15) em 38,7% da capacidade.

O booster foi instalado no Noroeste porque fica "no meio do caminho" entre a estação que tira água do Lago Paranoá (no Lago Norte) e a estação do Plano Piloto (próximo ao Palácio do Buriti). Do lago até o ponto onde o equipamento foi colocado, a água desce com gravidade. Para seguir caminho, no entanto, precisa ser bombeada.

Fonte: Marília Marques e Felipe Trigueiro, G1 DF e TV Globo

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Assessoria de Comunicação Associação de Síndicos de Condomínios Comerciais e Residenciais do Distrito Federal

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