IPTU Verde: Incentivo à sustentabilidade impulsiona economia condominial

Condomínios do DF investem em estações de recarga de veículos elétricos.


DF, que deveria estar na vanguarda do desenvolvimento, fica para trás


Enquanto diversas capitais brasileiras colhem os frutos de políticas fiscais que promovem a sustentabilidade, o Distrito Federal segue na contramão, perdendo uma valiosa oportunidade de modernização urbana e alívio financeiro para seus moradores. O programa do IPTU Verde, que concede descontos no imposto para imóveis que adotam práticas ecológicas, tem se consolidado como um motor de desenvolvimento sustentável e um aliado do orçamento de condomínios em todo o país.

Capitais como Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Vitória (ES), Curitiba (PR) e Recife (PE) demonstram o sucesso da iniciativa. Nestas cidades, a adoção de sistemas de energia solar, captação de água da chuva e telhados verdes por condomínios não apenas contribui para a preservação ambiental, mas gera um impacto financeiro direto.

O Impacto Positivo nos Condomínios
Para os condomínios, os descontos no IPTU, somados à economia gerada pelo uso de tecnologias sustentáveis, representam um ciclo virtuoso.

 * Redução da Carga Tributária: O desconto direto no IPTU alivia o caixa do condomínio, permitindo que os recursos sejam direcionados para outras melhorias ou resultem em uma menor taxa condominial para os moradores.

 * Economia Operacional: Práticas como energia solar (diminuindo a conta de luz das áreas comuns) e reuso de água (reduzindo a fatura da Companhia de Saneamento) geram economias significativas e recorrentes, tornando o investimento inicial no IPTU Verde altamente rentável a médio e longo prazo.

 * Valorização do Imóvel: Imóveis e condomínios com certificações de sustentabilidade e tecnologias verdes tendem a se valorizar no mercado.

Brasília Perde o Bonde da Sustentabilidade
Em contraste, a capital federal, Brasília, teve sua lei do IPTU Verde declarada inconstitucional em 2021, e a ausência de um programa eficaz é vista como um obstáculo ao desenvolvimento.

Para o setor condominial, a inércia do poder público local é frustrante. O Presidente da Associação de Síndicos do Distrito Federal (Assosíndicos DF), Emerson Tormann, manifesta sua indignação:

“É inadmissível que o Distrito Federal, uma cidade planejada, perca a oportunidade de liderar em sustentabilidade por pura inércia. Temos até bairros criados com o objetivo de serem ecológicos como o Setor Noroeste, mas enfrentamos uma dificuldade enorme na aprovação, por parte dos próprios órgãos públicos, de projetos de energia solar, de reuso de água e de outras práticas verdes. Parece haver um desinteresse ou desconhecimento do GDF e dos Distritais sobre o impacto positivo que o IPTU Verde traria à nossa economia e ao bolso do cidadão. É um absurdo!”

A falta de vontade política em revogar a inconstitucionalidade da lei ou criar um novo marco legal que fomente a sustentabilidade representa um freio no desenvolvimento de práticas ecoeficientes na capital. Enquanto outras capitais usam o IPTU Verde como ferramenta para desenvolver uma economia mais verde e aliviar o custo de vida dos moradores, o Distrito Federal desperdiça capital ambiental e financeiro, mantendo a população refém de modelos de consumo menos eficientes e mais caros.

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